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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Disco Voador


O homem flutuava no chão,
Não andava.
Trazia um ar do sertão,
Mas doce quando falava.


De vidro feito seu olhar,
Qual dos óculos a grossa lente.
Matutava muito a pensar
E só dizia de repente.


Era simples seu negro chapéu
E o formato de sua alma
(Clara como cor do céu,
A transmitir certa calma).


Todo dia, leite com cuscuz,
E até quando pôde, o fumo.
Tão místico quanto Jesus,
Seguindo sempre o Seu rumo.


Não se sabe se de fato existiu,
Mas se fez este favor,
Só tem certeza quem viu,
Tal como disco voador.



(Lalo Oliveira)

5 comentários:

Charles Araújo disse...

Esse homem deve ter sido muito especial! É muito bom conhecer pessoas que levam toda a nossa admiração!

Denise Machado disse...

Tenho certeza que existiu, mesmo não tendo visto, igual ao fato de eu nunca ter visto um disco voador. Acontece que vc faz ele estar aqui do lado, a fumaça dele e do fumo.
Quero um livro seu. Autografado. Até hoje só havia pedido isso para Luis Fernando Veríssimo e Elisa Lucinda.

Everaldo Ygor disse...

Olá...
Sim, ele estava lá...
Tal qual o disco voador
E esse belo poema intergalactico...
Uma bela e sensivel homenagem essa sua.
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

young vapire luke lestat disse...

Belisímo poema...
Muito bonito sua homenagem......



[]s L.Sakssida

Anônimo disse...

Muito bela a homenagem, Lalo.