O homem flutuava no chão,
Não andava.
Trazia um ar do sertão,
Mas doce quando falava.
De vidro feito seu olhar,
Qual dos óculos a grossa lente.
Matutava muito a pensar
E só dizia de repente.
Era simples seu negro chapéu
E o formato de sua alma
(Clara como cor do céu,
A transmitir certa calma).
Todo dia, leite com cuscuz,
E até quando pôde, o fumo.
Tão místico quanto Jesus,
Seguindo sempre o Seu rumo.
Não se sabe se de fato existiu,
Mas se fez este favor,
Só tem certeza quem viu,
Tal como disco voador.
(Lalo Oliveira)
5 comentários:
Esse homem deve ter sido muito especial! É muito bom conhecer pessoas que levam toda a nossa admiração!
Tenho certeza que existiu, mesmo não tendo visto, igual ao fato de eu nunca ter visto um disco voador. Acontece que vc faz ele estar aqui do lado, a fumaça dele e do fumo.
Quero um livro seu. Autografado. Até hoje só havia pedido isso para Luis Fernando Veríssimo e Elisa Lucinda.
Olá...
Sim, ele estava lá...
Tal qual o disco voador
E esse belo poema intergalactico...
Uma bela e sensivel homenagem essa sua.
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/
Belisímo poema...
Muito bonito sua homenagem......
[]s L.Sakssida
Muito bela a homenagem, Lalo.
Postar um comentário