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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Luzia

E a vi outra vez como há algum tempo já não a via, havia em mim uma falta cruel de vê-la, nostalgia. E toda vez que ao fazê-lo, quando a via, surgia no meu peito um reboliço troncho e estranho num peito que não sentia. Não era amor, contudo – bem que eu queria! – essa coisa que em meu tórax mudo jazia, era somente admiração e alegria, como encantamento por um deus no qual não cria, mas que o via cara a cara e cara a cara me via, eu vi essa menina que fugia da natureza humana, a superava, a vencia – quem diria? – que mesmo nas merdas inatas da vida respirava, agüentava e sorria todo dia, todo dia. Como eu queria!

3 comentários:

[ rod ] ® disse...

De palavras bem postas surge um momento de vida... onde o desejo pode ser um som ao coração ou um arrebatador nunca mais... abs meu caro.

Thaysa Cordeiro disse...

Amei a musicalidade.

adorei essa parte "mas que o via cara a cara e cara a cara me via, eu vi essa menina que fugia da natureza humana, a superava, a vencia"

muito bom!

Everaldo Ygor disse...

Luzia é definitivamente um Blues...
Um som desgarrado, solto, em fim ecoando na cara...
E como eu queria...
Saudações Poéticas
Abraços