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sexta-feira, 27 de março de 2009

Excrementos

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Não há tempo,
Não há hora,
Nem minuto,
Tampouco segundo
Ou milésimo
De milésimo
De segundo.

Há somente um ócio,
Uma ausência de tempo
Ou, no máximo,
Um tempo muito contraído.

Sento para escrever,
Minha caneta cai na privada,
Meu poema de amor
Vira excremento...

Até ele.


(Lalo Oliveira)

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7 comentários:

Ana Karenina disse...

Não estamos imunes.
Mas há sempre uma luz n fim do túnel, mesmo que o túnel seja um esgoto.

beijos muitos.

Only feelings disse...

HUahHAuhuAHaa, seria trágico se não fosse cômico, ambos são uma merda mesmo...
=*

Thalita disse...

lalo oliveira...eh vc ne...
vc tem talento

Gisela Melloso disse...

Triste pensar que vivemos nesta escuridão, muitos são os blos que falam deste ócio, tanto em textos enormes como em poesias.
Você fala com coração e mostrou emoção e revolta no que escreveu... Muito bom! Gostei muito

Forte abraço

Rafael Puime disse...

Uau!
Temos um talento por aqui. Muito bom! Belo jogo de palavras.
E no final, a merda vira esterco, e o esterco gera vida. Então, merda é vida.

Grande Abraço

Gabriela. disse...

Esse tempo muito contraído no contexto do poema ficou hilário!! rsrsrsrss
E essa imagem? quais as fontes dela? fantástica! =*

Anônimo disse...

beleza de trocadilho!!!