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Uma mulher chora na recepção
de um consultório odontológico,
recepciona a todos com seu rosto inchado,
seus olhos vermelhos e os lábios trêmulos.
E a mulher, em pleno pranto, trabalha,
atende telefone, fala com clientes...
É somente uma recepcionista.
Quem dera a mulher estar nos olhos dos outros
que veem e ignoram sua dor
e a têm como sorridente...
Basta a cada um a dor própria!
Mas não tanto à mulher,
que comigo compartilha um choro,
que com sua dor consola a minha dor...
A minha dor que não é de dente.
(Lalo Oliveira)
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5 comentários:
é a vida, que segue
e aquela coisa de 'a nossa dor não saí no jornal'. É a vida.
é, Lalo
sorte nossa ainda não ter 'perdido' o senhor pro mundo das letras. Muito bom :)
;*
Cada dor e seu pesar
Cada dor e seu temor
Cada pesar com sua dor
e cada temor com seu pesar.
É tão bom ver caros colegas poetas nos dias de hoje que sinto-me sempre satisfeito quando vejo blogs como este (que são como o meu). E ainda mais quando são assíduos.
Espero que continues escrevendo assim meu caro. Apartir de agora serei um seguidor do blog =]
E caso interessar possa, gostaria de saber se aceita uma parceria de blogs, de um caro colega de devaneios poéticos.
Grande abraço
Lindo.
Como de praxe.
Beijos, beijos.
Adorei!
Olá! Poeta...
Ao cantar a "mulher" no tom da observação, ao sentir o seu pranto, ao compartilhar a sua Dor... Isso é poesia - verve.
Saudações Poéticas
Everaldo Ygor
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