Ao amigo Y. D.
Quando da primeira vez te vi
o copo que carregavas de teu exibicionismo
e que não só o bebias, como o jogavas em outrem
fazia-me o vômito ansiar em vir á tona.
E não tinhas ressaca.
Da segunda vez, não vi
Tampouco percebi a tua ausêcia aquém
Dos meios de falso e barato socialismo
Que essa gente vil e sem voz entona.
E não tinhas ressaca.
Da terceira vez que te vi, mal vi
E já erámos amigos com copos de exibicionismo
E cigarros de desdém que bebíamos e fumávamos
E na face da normalidade soprávamos
Desobedecendo à velha mandona.
E não tinhas ressaca.
Mas na ressaca eu me enlaço
Tão fraco que sou
E na fraqueza do amigo eu vou
Caminhando, ébrios, braço a braço.
Falando de sereias
Que partem os corações viris.
Um comentário:
É um privilégio ter uma poesia em dedicação, ao mesmo tempo que compartilhar um blog com você.
Obrigado, meu amigo.
Abraço.
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