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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Soneto do Conflito

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Não tenho temor dos momentos,
da vida não tenho receio.
Ora alegrias permeio,
ora permeiam tormentos.

Pouco me importa o sofrer
e as, que me deixa, cicatrizes.
Mais importa o sobreviver
desfrutado em horas felizes.

E cresço e tomo medidas,
lapidado como pedra pome
nesta história resumida:

Cada um por vez mata a fome;
Um dia eu como a vida,
em outro ela me come.

4 comentários:

Ana Karenina disse...

Muito bom!

Gostei desse, Lalito!

Feänor disse...

Vejo que não perdeu o jeito para as poesias - excelentes versos, como sempre.

Teu final me lembrou algo que ouvi de um promotor em um júri certa vez:

"um dia, a banana come o macaco"

Tenho inveja de quem consegue encarar a vida com tamanha placidez... É algo que me falta.

Hanny disse...

Lindissimo...
Versos tão tocantes =~

Parabéns Lala ;)

Ianê Mello disse...

Parabéns!!! Ritmado e lírico. Expressa a maturidade no teu sentir.
Viver é isso: esse eterno lapidar-se.