Havia um cachorro
Numa praça de universidade
Que de tanto viver com gente
Gente se sentia.
Quando o cumprimentavam, respondia.
Ao contarem piadas, ria.
E quando também se contava
Nossos pesares mais pesados
O canino consolava.
Todo dia de feriado
(E no Brasil são muitos dias)
O animal ficava triste,
Solitário e deprimido
E a universidade vazia.
Hoje, dia mau de feriado,
Acordei pensando no bicho.
Minha universidade está vazia.
Hoje o que sinto não é mais
Do que o cachorro sentia.
Numa praça de universidade
Que de tanto viver com gente
Gente se sentia.
Quando o cumprimentavam, respondia.
Ao contarem piadas, ria.
E quando também se contava
Nossos pesares mais pesados
O canino consolava.
Todo dia de feriado
(E no Brasil são muitos dias)
O animal ficava triste,
Solitário e deprimido
E a universidade vazia.
Hoje, dia mau de feriado,
Acordei pensando no bicho.
Minha universidade está vazia.
Hoje o que sinto não é mais
Do que o cachorro sentia.
Lalo Oliveira.
17 comentários:
Owwwwn meu amiguinho, a solidão é companheira certa nas horas erradas.Até mesmo para um cão. :********
Que delicado!
Remete ao cachorrinho meigo lá da universidade *.*
Todos os dias, o cachorrinho passa por diversos olhares, alguns mais demorados que outros. Por vezes, ganha alguns sorrisos e dos mais sensíveis, uns afagos.
Mais só uma alma de poeta pra tentar olhar pra dentro do cãozinho, num ato de cumplicidade, sentir-se como ele, e fazê-lo companhia com um bonito poema!
viva os cachorros universitários! Viva as gangs de cachorro da usp!
Às vezes a companhia de um cachorro é mais bem-vinda do que a de um humano.
Abraços.
www.portalespetacular.zip.net
tem muito blog de poesia por aí,
um dos únicos que eu achei legal de fato foi o seu... parabéns.
http://pontodcom.blogspot.com/
Sou louca por cachorros, os de rua com os olhares perdidos é f$#%$.
Semana passada peguei uma e conseguir arranjar um lá!
Adorei!
http://ofedor.blogspot.com
Brilhante, camarada.
Ironia em altíssimo estilo, recuperando, inclusive, a trova, a métrica, a regularidade poética.
Coisa de qualidade.
Algo de Quincas Borba, algo de Bernadete Lyra, algo cabralino (mas incontido).
Muito bom.
sempre achei que o cachorro é um esteriotipo perfeito de solidão ;)
XD
gostei muito daqui, é aconchegante...
abraços
até mais
Bom, eu coloquei calypso no post, porque quando estava escrevendo, passava na tv uma mulher com aquelas roupas, e eu decidi questinonar o porque da roupa ser tão, digamos, estranha! ahhaaha
Agora Chaves&Mozart misturei porque eu realmente amo-os muito♥
Adooorei as poesias. Passarei sempre por aqui também! *-*
Beeijos :*
http://cogumelosverdes.blogspot.com
Muito boa crônica usando o cão como metáfora para a solidão perante o convivio na sociedade.
kara mto boa a poesia!!
parabens o blog ta mto legal!
abraços
www.indaiacity.blogspot.com
'gente se sentia'... gostei demais desse verso, tanto que terminei o poema, voltei nesse verso, e tentei encontrar outros sentidos para ele.
Parabéns pelos poemas... vou vasculhar um pouco mais seu blog... me permite?
não sou fã de poesias rimadas, mas admiro quando encontro alguém que sabe contruir belas rimas (e não as rimas pobres que vemos por aí). achei tão doce o cachorrinho. quem dera nós, seres humanos, pudessemos nos comparar a eles...
bjs
Engana-se, meu caro.
Aí é que está a beleza da poesia (e da literatura, como um todo): ao ler, produzo uma compreensão baseada em minha subjetividade, em tudo aquilo em que acredito, que vejo, e assim por diante.
Por isso talvez eu tenha visto em seu poema algo mais do que vc tenha (talvez) querido produzir.
Gostei mesmo.
Abraço.
Que fofo!!Quero adotar esse cachorro, pra que ele nunca mais se sinta assim.
johnnnn
Sim, provavelmente por isso e
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