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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Da parcimônia

Poesia pode dizer muito
em muito
pouco,
pode dizer pouco
em muito.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Nunca Mais




Eu quero deitar em minha cama
E tentar te esquecer,
Fingir ser alguém que não ama
E não ser.

Figurar em teu cotidiano,
Transitar entre o tempo ano a ano
Ao teu lado na vida séra
Nunca mais. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

...

Pelo copo de Whisky
vejo o mundo melhor
mais feliz.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Pessoa Amada

Pessoa amada
                  às vezes
                       não vale nada.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ecos

Em mim, os ecos dos pensamentos
do que não tenho e anseio
eclodem nas duras paredes do que perdi;
insônia.

Na inquietude do repousar do mundo,
de uma lado a outro, individualmente,
a pressa do amanhã cotidiano;
tédio.

Um caminhão do lixo passa,
no silêncio mórbido da solidão.

09/08/2012.

sábado, 29 de outubro de 2011

Outras Coisas


Se encontro-me triste
Por luto, dinheiro ou mulher,
Uma parte de mim resiste
E diz: há outras coisas, mané.

Há outras coisas, persiste,
Mais que coisas que pensamos haver
E a vida, sabendo, insiste:
Melhor do que não ser, é ser.

Sendo, lamentam-se outras coisas
E sempre lamentar-se-á, tem de ser,
Contudo é imprescindível saber
Que há outras coisas. 

sábado, 20 de agosto de 2011

Maré


O teu olhar me fita como se eu fosse mar
E tu, tão delicada, pareces temer as minhas ondas,
Embora a vontade de mergulhar
Te seja cruel, te seja hedionda.

Olhando-me pensas que sou profundo e bravo
E teu corpo pequeno crês que afundará
Entre o tubarão do meu peito, escravo
Que é manso, sem dentes e que não há.

O tempo passa, decide se vais entrar
Que as minhas águas querem te molhar,
Banhar teu corpo sacro de mulher.

Mas ficas parada, sem saber se quer,
Temendo em vão este pequeno mar
Quando nem sabes o que és: maré.