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domingo, 29 de agosto de 2010

Doem meus ouvidos. No silêncio da madrugada
Não há homem, bicho, máquina, não há nada
Que interfira na homeostase dessa condição,
Nesta negra muda ressoa somente meu coração.

Como se eu fosse filósofo, duvido
Dessa emoção sobre minha vã razão,
Fraco e com medo me entrego, então,
A sentir meu coração e meus ouvidos.

Meus lábios mexem-se e em mim formam um sorriso,
Aceitando este sentimento que, é sim, preciso,
Enquanto os meus olhos filósofos prevêem dor.

Como chamá-lo? Fraqueza, bobagem, amor?
Sem conceitos evidentes sigo indeciso
De encontro a um desfecho, seja qual for.

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